Criação de estúdios de tatuagem profissionais em prisões escocesas.
Preocupados com a saúde de seus detentos o Serviço carcerário escocês procurou Dona Milne, pesquisadora governamental que sugeriu este projeto. O objetivo é evitar que os prisioneiros se tatuem de forma clandestina, colocando em risco sua saúde, já que esta é a maior razão para o grande número de presos contraírem doenças como a Hepatite C e HIV, dentro das prisões.
Mesmo sabendo dos riscos que correm, os prisioneiros continuam usando kits caseiros para obterem suas máquinas de tatuagem, utilizando materiais como escova de dente, canetas, cola e cordas de guitarra. Estima-se que em 2008, mais de 54% dos prisioneiros do país tinha uma tatuagem, sendo que 18% afirmam ter se tatuado enquanto cumpria pena.
Segundo suas pesquisas, Milde afirma que os presos sabem dos riscos e para prevenilos, evitam compartilhar o mesmo equipamento e tinta, porém, nem todos os presos colocam isso em prática.
No entanto, nem todos estão preocupados com a saúde dos presos. Richard Baker, membro da secretária de justiça, declarou-se contra o projeto dizendo que se os prisioneiros estão entediados e fazendo tatuagens, é porque há uma falha no sistema que deveria conceder mais trabalhos à eles.
Matthew Sinclair, porta-voz da aliança de contribuintes, apoiou a declaração de Baker alegando que contribuintes não esperam que seu dinheiro seja gasto em diversão para prisioneiros. A idéia de gastar dinheiro público para estúdios de tatuagem destinados à presos é absurda. Completou dizendo que as autoridades devem tomar cuidado, e ao invés de pensar em estúdios de tatuagem devem cumprir seu dever: colocar ordem nas prisões.
Um projeto semelhante foi apresentado em 2006 no Canadá, o projeto consistia em abrir estúdios nos quais os presos pudessem se tatuar por cinco a quinze dólares, com a mesma intenção do projeto de Milde, evitar que os presos contraíssem doenças. O projeto canadense foi vetado pelo governo conservador no mesmo ano. Já o projeto escocês, espera por aprovação.
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