sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CONHEÇA A ORIGEM DA ARTE


COMO A TATUAGEM CHEGOU ÀS NOSSAS TERRAS.
Existem muitas histórias sobre como e onde surgiu a tatuagem, mas o que podemos afirmar é que ela foi nos diversos continentes. E em cada um deles com diferentes intenções, significados e técnicas, que variavam entre motivos religiosos, sociais e culturais. Mas e aqui no Brasil?

A tatuagem elétrica ainda é uma arte recente em nosso país, tem pouco mais de 50 anos e ainda é alvo de preconceito de pessoas que não conhecem a origem dessa prática, que há tantas gerações faz a cabeça e o corpo de muitas nações. Então, vamos conhecer um pouco dessa história.

Knud Harld Likke Gregersen é o nome do dinamarquês que desembarcou no Brasil em 1959, trazendo consigo essa técnica apreciada por muitos de nós. Também conhecido como Mr. Tattoo ou apenas Lucky, o precursor da arte em nosso país se instalou na cidade de Santos, nas proximidades do cais.

Para quem não sabe o cais é um local ficou conhecido por ser reduto de prostituição comércio de drogas. Isto contribuiu para associar tatuagem, tatuadores e tatuados a um submundo cercado de preconceitos.
Mas há quem diga que vários tatuadores passaram pelo Brasil antes do dinamarquês. Faziam uma tatuagem aqui, outra ali, mas estavam sempre “pulando de cais em cais”, nos navios que iam e que chegavam de todas as partes. Como Lucky foi o primeiro a ficar, escreveu sua história como o personagem que trouxe a tatuagem para o país.

Ficou conhecido, durante muitos anos, como o único tatuador profissional da América do Sul, saiu em diversos jornais da época, como “O Globo” e “A Tribuna”, e foi a partir dele que a tatuagem ganhou destaque e muitos adeptos no Brasil.

Em outubro de 1983, Lucky teve um problema no coração e faleceu na Vila do Araial do Cabo. Mas como todo bom mestre, ele deixou seus discípulos: Fred e Erna Gregersen, seus filhos, que continuaram com a quarta geração de tatuadores da família. Depois de muitos anos seguindo os passos do pai, Erna também nos deixou. Atualmente quem cuida das propriedades e da memória de Lucky é seu filho Fred.

As tatuagens de Lucky não eram perfeitas e naquela época não se dispunha de materiais como os de hohe. Porém, o valor cultural que uma tatuagem dessas possui é imensurável.

Felizmente, a visão de que a tatuagem é sinônimo de marginalidade está mudando. E apesar de alguns olhares tortos, já atinge diversas faixas etárias, em todas as classes sociais. Um exemplo de como a arte, não importando a forma a forma de expressão, rompe mais uma vez barreiras antigas de preconceitos.
Depois de Lucky, vocês sabem, muitos vieram e mostraram seu talento. Escreveram a própria história da tatuagem no Brasil. Uma arte de diversidade enorme, característica também dos personagens que protagonizam.

Jack Tattoo- Empresario e tatuador

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